Perdi-me.
Não me reconheço.
Pouco me encontro no dia-a-dia.
A ansiedade, o nervosismo e a pressão tomaram conta de mim. Roubaram-me a calma e a segurança. Mexo e remexo na ferida, mesmo sem querer. Não consigo que cicatrize de vez. Por pensar duas vezes, tenho controlado os impulsos. Mas tudo continua aqui dentro a remoer, lenta e dolorosamente.
Quero gritar.
Quero que me ouçam.
Todos parecem surdos.
Todos parecem indiferentes.
Todos parecem desligados de mim.
Quero fugir.
Quero procurar-me e voltar a mim.
Estou cansada... Esta não sou eu!