Estes últimos tempos têm parecido quase inacreditáveis. Houve momentos em que quis acreditar que estava a ter um pesadelo, mas na verdade não. Na verdade era cedo demais para estar a dormir, na verdade era real demais para ser só um pesadelo, na verdade era verdade.
E foi com algumas verdades bem complicadas que fui suportando estas semanas, que me senti impotente e inútil. Aconteceu tudo ao mesmo tempo, coisas demais para uma pessoa só. E estudar?! Quando? Onde? Porquê? Com que cabeça? Pois, de facto não é simples conseguir obter alguma concentração com as preocupações a ocuparem todo o pensamento. Mas dei o melhor que pude...
Ontem comecei uma vida diferente. Há quem me chame de sortuda. Sim, agora estou numa residência universitária e a dois passos da faculdade. Pois. É isso. E então? Talvez essa seja a maior vantagem. Espero, com o tempo, vir a descobrir muitas mais. A desvantagem essa sei qual é. Mas vou ter de ultrapassá-la.
E a obesidade? No meio de tudo o que tem acontecido continuo a conviver com a minha companheira de quase sempre, a obesidade. E com menos vontade em muitos momentos, lá vou cumprindo o meu plano alimentar. Tem servido para ter real noção da doença. Houve momentos em que só me apeteceu comer coisas que não devo. Se comi? Algumas vezes sim. Foi mais forte que eu, reconheço. Tenho perfeita noção de que quando as minhas emoções estão a viver algures numa montanha-russa, os impulsos são bem mais fortes. Sim, é normal, eu sei, mas não devem ser mais fortes que eu. E não o são na maioria dos momentos, é o que vale ainda assim.
Bom, continuo a acreditar na frase que diz "No fim tudo acaba bem, se ainda não está tudo bem é porque ainda não chegou ao fim." Continuo a sonhar e a ser ingénua, mas penso que é bom acreditar nisto, mais que não seja para manter a esperança viva.
Tudo melhorará. E a vida continua... Longe ou perto, mas sempre amparada.
Agradeço a todos que têm dado um feedback deste blog. A todos aqueles que por aqui "picam o ponto" e se revêem no que escrevo por já terem passado ou por estarem a passar pelo mesmo. É sempre bom ler as palavras de quem nos compreende.