A felicidade não é algo adquirido e muito menos garantido. É muito relativa e inconstante. O que me poderá fazer feliz, a outra pessoa poderá não fazer. Hoje posso estar feliz e amanhã já não estar.
Para alguns (felizmente não para todos) a maior felicidade traduz-se pela posse de bens materiais. Para outros (e talvez para a maioria) passa pela saúde, pelo amor, pelos pequenos gestos que possam tranformar uma expressão fechada num sorriso aberto.
Posso não ser feliz, mas também não sou infeliz. Apenas tenho momentos melhores e piores. Ultimamente tenho tido momentos melhores, momentos felizes.
Senti-me como há muito não sentia. Sem constrangimentos nem medos. Senti-me livre. Senti-me igual. Senti-me bem. Senti-me feliz.
Sinto que estou a reaprender a viver. Sim, porque para viver não basta estar vivo, é preciso saber viver. E eu não o soube durante algum tempo, talvez durante muito tempo. Se a culpa foi minha? Não sei, poderá ter sido.
Mas a "culpa" de estar a reaprender a viver não é só minha. Devo-o a quem não me deixou cair mais e me deu a mão. Foste tu sim. E tu também. Foram vocês. E vocês sabem quem são. Muito obrigada.
Nunca pensei que recuperar de uma otite externa fosse pior do que de uma operação por laparoscopia... Para a próxima prefiro ser operada de novo